2ª Parte
Algums críticas e considerações:
A autora concorda com a ideia de que a tecnologia esta cada vez mais presente quando se trata de explicar, conhecer ou analisar a sociedade contemporânea, e da como exemplo disso a multiplicação das formas de interpretar e compreender as novas tecnologias, e relata também que algumas destas interpretações fala de fim da história de um lado e "nova sociedade", novas tecnologias associadas a novos modelos de organização produtiva de outro. No entanto ela declara que este pêndulo e a alusão constante a um fim de um momento e ao início de um novo tempo, da nova sociedade, se observados sem o exagero e os equivocos de suas interpretações, permitem concluir que algumas transformações se operam em um grau realmente importante, mas que precisam ser entendidas concretamente e na sua totalidade para uma interpretação nexa e explicativa da realidade.
Outra observação de Tapajos é que nessa proclamação de um novo mundo, essa nova configuração societária tem se propagado e nomeado como pós-modernidade, segundo a autora na concepção deste debate, o paradigma iluminista que sustentou a ciência moderna, parece indicar nos ultimo seculos sinais de exuastão diante da tarefa de promover o progresso humano, ao não conseguir implementar concretamente as promessas de seu ideário, mas mesmo assim o que fica certo é que não se pode ter certeza nem indicios de rompimento que nos dê o sinal da apontada pós-modernidade, sendo a tecnologia incorporada como um dos seus cavaleiros mais singulares.
Apesar da consagração deste óbito da modernidade diz a autora, ainda existem importantes autores que defendem que a modernidade não morreu, colocando que a modernidade veio defendendo a ideia de progresso, de emancipação das irracionalidades próprias da religião e que a consciencia pós-moderna quer acabar com uma modernidade doente, e não construir um novo mundo.
A professora segue dizendo que a análise da técnica e da tecnologia, suas formas reais e suas implicações sociais, não podem prescindir a uma análise crítica e sopesada das condições, econômicas, políticas, sociais e culturais em que estas estão interpondo.
Outro traço crítico que a autora descreve como importante nesta área do conhecimento, é que suas várias assertivas se manisfestam sem realizar a ultrapassagem de qualquer ligação que não seja com a potencial vida virtual, com a "virtualidade do ser", e que talvez seja por isso que sua fundamentação não venha resguardando a aproximação com os aspectos concretos e tecnicos do desenvolvimento tecnológico, não concretizando suas perspectivas com as determinações histórico-sociais, a realidade social concreta, e nem na dimensão econômica e social da humanidade presente, a singularidade e subjetividade humanas. Para a autora essa fuga do concreto parece ser a própria impossibilidade de enfrentá-lo de compreendê-lo ou mesmo superá-lo, definindo como saída sua prospecção virtual.
Para Tapajos esse excesso de informação pode causar efeitos como a assimilação acrítica e alienada destas potencialidades tecnológicas, que acabam gerando um consumismo exacerbado e o uso cada vez mais individualista dos protocolos de comunicação.
Tapajos conclui o texto colocando sobre as perplexidades que este tema levanta, e a importância de ser muito bem investigado, estudado, e questionado mais e mais sobre suas reais possibilidades desta promessa de condição democrática e tecnologica. Que é necessário uma interpretação crítica e criteriosa, se não o alvo do conhecimento estará comprometido e se tornará cada vez mais obtuso e irrelevante, sobre tudo quando diz respeito a uma sociedade que saúda este 'novo' tempo com otimismo e alienação de ultrapassar as mazelas das condições concretas da vida do passado.
Ok pessoal!
ResponderExcluirCorrigido!
Kathiuscia